Projeto Escola Agroflorestal
O Projeto apoia a qualificação e ampliação da Escola Agroflorestal que há mais de 18 anos realiza formação, capacitação e intercâmbio de conhecimentos junto às famílias quilombolas associadas à Cooperafloresta, aos agricultores e agricultoras do Vale do Ribeira e de outras regiões, além de estudantes, técnicos e gestores públicos. Também apoiou a estruturação da agroindústria da Cooperafloresta, através da aquisição de equipamentos de processamento de alimentos agroflorestais
O projeto vem apoiando a consolidação, ampliação e qualificação das ações de formação e capacitação que a Cooperafloresta historicamente realiza junto às famílias quilombolas associadas e junto aos agricultores e agricultoras do Vale do Ribeira e de outras regiões, além de estudantes e técnicos.
Ações e Metodologia
A Escola Agroflorestal, com apoio deste projeto, vem desenvolvendo as seguintes atividades:
- Mutirões agroflorestais: encontro para realização de trabalho coletivo – planejamento das agroflorestas, plantios, podas, capinas seletivas, colheitas, etc. Os mutirões são um espaço privilegiado para a construção de conhecimento e intercâmbio de experiências e informações
-Oficinas: atividade teórico-prática aonde os participantes aprendem fazendo, contando com apoio de uma facilitação que coordene e anime o trabalho.
- Cursos de aprofundamento: voltados para a formação de agentes agroflorestais que atuam em suas organizações e comunidades na animação de processos locais e no acompanhamento às famílias agricultoras na atividade agroflorestal;
- Estágios: para agentes multiplicadores, agricultores e agricultoras e estudantes universitários
- Visitas de intercâmbio: atividade de sensibilização e intercâmbio de conhecimentos envolvendo agricultores e agricultoras e suas organizações, estudantes, consumidores, universidades, técnicos, gestores públicos e governamentais;
- Construção de conhecimento: pesquisa, experimentação participativa, sistematizações das experiências e metodologias em parceria com organizações de pesquisa;
- Produção de material didático pedagógico: elaboração de cartilhas, vídeos, boletins informativos, cadernos técnicos para subsidiar as ações da Escola Agroflorestal;
- Ação dos agentes multiplicadores: acompanhamento às famílias e às agroflorestas, que são o espaço de formação e capacitação da escola
Parcerias
Organizações parceiras e sua ação no projeto:
Heifer Internacional
Recurso financeiro para agentes multiplicadores, gestão da Cooperafloresta, incremento dos sistemas agroflorestais e da comercialização
Rede Ecovida de Agroecologia
Articulação de organizações da agricultura familiar interessadas em participar das atividades da Escola Agroflorestal
Parque Estadual do Rio Turvo
Pesquisa e assessoria à Escola Agroflorestal
Associações de Remanescentes de Quilombos do Vale do Ribeira
Articulação de famílias quilombolas para as atividades da Escola Agroflorestal e participação na sua gestão.
Embrapa Florestas
Pesquisa e assessoria à Escola Agroflorestal
FLONA AÇUNGUI IBAMA/SUPES/PR
Pesquisa e assessoria à Escola Agroflorestal
Sutentabilidade
Está baseada na experiência concreta de organização e produção da Cooperafloresta, no acúmulo de conhecimento e de referenciais metodológicos e na sua trajetória histórica com processos educativos. Estes elementos dão sustentação para a Escola Agroflorestal e embasam o planejamento e execução de suas ações. Além disso, a demanda crescente de organizações e pessoas que identificam na sua prática uma rica oportunidade de conhecer e aprender uma nova forma de se fazer agricultura, um caminho para a organização e promoção dos quilombolas e da agricultura familiar juntamente com a recuperação e conservação dos recursos naturais, constitui outro elemento que demonstra a pertinência e sustentabilidade do projeto. Um importante elemento de viabilidade é o fato de o projeto apresentar uma “baixa margem de risco”, pois apoia uma rica experiência inovadora já consolidada e bem sucedida, sob o controle e gestão das famílias e comunidades. As ações do projeto vêm no sentido de fortalecê-la e ampliar a sua capacidade de divulgação e multiplicação, pois a mesma possui amplo reconhecimento e interesse no campo da agroecologia e da organização camponesa quilombola no sul do Brasil.